Enquadramento
Os cinco maiores mercados de consumo de espumante são, por ordem decrescente de consumo, a Alemanha, Itália, França, Estados Unidos e Rússia. França, Itália e Espanha representam, desde há algum tempo, 80% do mercado mundial exportador de espumantes.
A categoria "Espumantes" engloba diferentes tipologias de produto. De "CHAMPAGNE" a "PROSSECO", ou de "CAVA" a "SEKT" é possível inferir uma alavanca de sucesso, ou seja, a sua diferenciação e conceptualização.
A capacidade de inovar e definir um "estilo" aceite e "conceptualizado" está de forma evidente relacionada com o conhecimento disponível sobre as nossas características diferenciadoras, sejam estas os solos, as castas, etc.
Para que Portugal possa assumir uma postura competitiva e valorizadora dos seus espumantes no mercado global será determinante concentrar esforços na aquisição de conhecimento que possa conduzir à valorização dos recursos endógenos, produção diferenciada, distinção, qualidade inequívoca e consistente ano após ano.
Portugal produz cerca de 11 a 12 milhões de garrafas anualmente.
Não possui uma Marca distinta do seu espumante (ex. Cava, Prosseco , Etc.)
Apesar de possuir uma coleção de castas valiosa Portugal não conseguiu ainda impor um conjunto de castas especifico para os seus espumantes.
O recurso à importação de vinhos base para a espumantização é um veiculo de desvalorização da matéria prima local.
A Bairrada concentra cerca de 65% da transformação de vinho base em espumante, quer pelo método clássico quer pelo método cuba fechada (charmat).
Portugal não é conhecido como produtor de Espumantes.
A exportação de Espumantes é residual e está normalmente relacionada com o baixo preço.